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domingo, 8 de maio de 2011

[games] O poder das franquias dos games



O final dos anos 70 e início do anos 80 testemunhou o boom dos videogames. Inúmeros competidores, na tentativa de tirar uma casquinha do mercado inicialmente explorado pela Atari, passaram a lançar uma infinidade de jogos com qualidade questionável na crença de que era o suficiente para fazer chover ouro em seus cofres. O público foi bombardeado com games tão ruins e em tamanha quantidade, que o ano de 1983 foi sabático para o setor. Os gamers perderam o interesse e muitos profissionais do setor acreditaram que a febre dos jogos eletrônicos se estilhaçava. Uma das empresas que caiu no mesmo erro foi justamente a...Atari.

 Já sob comando da Warner, a Atari pagou uma fortuna (estimada em 20 milhões de dólares da época, que corrigidos, são números expressivos) com o intuito de criar um jogo baseado no filme E.T, o Extraterrestre para sua plataforma Atari 2600. Feito às pressas para ser lançado no natal de 1982, o jogo é considerado um dos piores já criados na história (confira você mesmo no vídeo acima) e foi um dos responsáveis pela derrocada da empresa americana, que literalmente enterrou milhões de cartuchos que simplesmente não vendiam. Era dessa forma precária que se trabalhava a interação de mídias, quando o videogame ainda era apenas um entretenimento infantil.

Shigeru Miyamoto

Os japoneses, sobretudo os homens da Nintendo, que trouxeram as narrativas próprias para os jogos. Mario e Zelda são exemplos clássicos e primordiais de uma indústria que evoluiu a passos de gigante. Hoje, devido ao poder e maturidade dessa indústria, as narrativas fazem o caminho oposto. Não se apropriam mais de sucessos cinematográficos, ao contrário, geram conteúdo para Hollywood.

Final Fantasy, Resident Evil, Silent Hill, Starcraft, Prince of Persia, Mortal Kombat e Street Fighter são apenas alguns exemplos de franquias nascidas no berço das plataformas eletrônicas que, bem ou porcamente adaptados, movimentaram milhões de dólares fora de sua mídia de origem. É natural que a via de mão dupla continua funcionando e sucessos do cinema (Matrix) seguem sendo adaptados na forma de games.

Terror em Silent Hill

Se engana quem acha que as franquias são apenas fortes o bastante para gerar filmes. Para citar apenas um exemplo da dimensão do estado atual do setor, escolho o caso da Blizzard que está criando uma parque de diversões temáticos na China. Atendendo pelo nome World of Joyland, o parque será criado simulando os ambientes dos jogos eletrônicos da casa, como World of Warcraft e Starcraft.

 

As franquias de jogos tomaram uma dimensão inimaginável nos anos 80. Cabe aos donos dos direitos não se limitarem a básica permutação game-cinema e expandirem as possibilidades de exploração das marcas que possuem.

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